quinta-feira, 12 de junho de 2008

Banda 19 de Maio

A Banda 19 de Maio acompanha a Procissão e depois no coreto da praça, durante todo o mês de comemoração à São João Batista, toca marchinhas em frente a Igreja Matriz de Dourado, principalmente nos finais de semana.


Foto Recordação:

Isto é uma verdadeira "FURIOSA": José D'Angelo(Zeca); Jurandir Sylvestre Pereira(Dicão); Enéas Gonçalves(Tanaka); Ederval João Gonçalves(Darjão); Afranio José Donato(Pereréco) e Antonio Carlos R.de Souza(Toninho Coro). Eterno obrigado pela animação em todos os eventos na nossa querida "Dourado".



Compartilhado com Déo em out/2013.



A Banda 19 de Maio, foi criada por Tanaka e seus amigos em 1962. Sete anos mais tarde, já em turma acrescentou à fanfarra da cidade novos instrumentos que a elevaram ao status de banda marcial. E logo de início, a surpresa.
Fomos participar de um concurso , também estavam bandas famosas que davam um show de apresentação”, diz.
Tanaka e Dr. Edmur chegam a relembrar o nome delas, depois de tanto tempo, tamanho era a importância deste evento — as bandas Cristo Rei, de Marília, e Liceu Noroeste, de Bauru. “Conseguimos ficar em segundo lugar no concurso”, ainda comemora Tanaka, acrescentando que o feito repercutiu em toda a cidade. “Foi uma surpresa geral que levou o nome de Dourado para vários outros municípios. Após essa conquista, muitos convites apareceram para tocar em eventos comemorativos, como aniversário e desfiles cívicos”, acrescenta Dr. Edmur.
Tanaka ficou à frente da Furiosa por 35 anos , quando decidiu parar com as atividades, no início dos anos 80. No desfile comemorativo aos 112 anos de Dourado, realizado em maio passado, Tanaka foi um dos que conduziram o estandarte da fanfarra da Escola Salles Júnior. Ao ver a passagem dos douradenses ilustres, o prefeito Dr. Edmur, que estava na tribuna, desceu as escadas do Paço Municipal e foi cumprimentar os amigos Tanaka, Afrânio José Donato e Newton Bueno, conhecido na cidade como Nenê Cartório.
Daquela época, Tanaka recorda-se de vários outros companheiros ainda festa de São João Batista, Tanaka não resistiu — conseguiu reunir alguns músicos e fez uma apresentação especial com a Banda 19 de Maio. “Convidei uns amigos de Bocaina (6 músicos), Ribeirão Bonito (3 músicos) e São Carlos (1 músico), além dos 7 músicos de Dourado”, diz. A apresentação, ocorrida no coreto da Praça da Matriz, teve um significado muito importante, especialmente para as pessoas que marcaram a história da cidade.
A História do amigo Tanaka:
Enéas Gonçalves, hoje com 70 anos de idade, se interessou pela música ainda pequeno. “Quando eu tinha uns 10 anos, eu adorava ver o maestro Celso Poli tocar pistão”, recorda-se.

Os olhos do menino brilhavam e o maestro logo percebeu seu interesse. Enéas passou a estudar música. À época, trabalhava em uma empresa de armarinhos, de propriedade dos dourandenses Rodnei Fantini e Azor Donato. “Cerca de 90% dos clientes ou eram japoneses ou descendentes”, lembra. Dessa relação, Enéas recebeu uma homenagem carinhosa que trás consigo até hoje — seu nome original dera lugar para o apelido Tanaka.
Tanaka estudou música por três meses e meio, até se sentir preparado para começar a tocar um instrumento. Qual? “Pistão, claro. Era o instrumento que eu mais gostava”, brinca ele. A partir daí a música passou a ocupar um espaço importante em sua vida. Ele lembra que na década de 60, fazer parte de uma fanfarra era o “charme” na cidade.
Chegou a tocar em 46 carnavais — 30 dos quais no Dourado Clube. Com o dinheiro extra que ganhava nessas apresentações, Tanaka lembra que conseguiu comprar sua casa. Mas existiam outros ganhos. “Havia muita amizade entre os músicos. Tocávamos por paixão e éramos como uma família”, conta. Família que, sempre nas férias do fim de ano, partia em viagem a Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo.
Lá, a tradição criada depois de tantos passeios, utilizava a música como anúncio de chegada. “Sempre chegávamos tocando música, avisando — e acordando — a todos. E isso acontecia sempre por volta das 4h30 da madrugada”, diverte-se. Os vizinhos não ficavam nervosos em ter o sono interrompido. Ao contrário. Eles logo acordavam e iam festejar a chegada dos douradenses. “Era uma festa”, lembra Tanaka.
Foto da Esquerda à Direita: Tanaka, Afrânio, Prof. Fábio e Dr. Edmur Buzzá.

Fonte de Pesquisa e fotos:
Site Prefeitura Municipal de Dourado (28/08/2009).
Em comemoração aos 112 anos de Dourado.

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