terça-feira, 10 de abril de 2012

Cachaça, pinga e aguardente.



Apesar de poderem se referir à mesma bebida, as 3 palavras não são sinônimas. Aguardente é o nome de qualquer bebida obtida a partir da fermentação de vegetais doces. Já cachaça é o nome da aguardente de cana-de-açúcar. Segundo Maria das Graças Cardoso, professora do único curso de pós-graduação em tecnologia da cachaça no país, o nome foi criado no Brasil, no século 16, época dos grandes engenhos. Para o Ministério da Agricultura, a denominação é típica e exclusiva da aguardente de cana-de-açúcar produzida aqui com graduação alcoólica de 38% a 48%, a 20ºC. Pela lei brasileira, há até diferenças entre cachaça e aguardente de cana, que pode ter entre 38% e 54% de graduação alcoólica. Assim, toda cachaça é uma aguardente, mas nem toda aguardente é cachaça.
Já pinga é o nome vulgar da cachaça. Apesar de ninguém ter certeza da sua origem, a história mais aceita diz que a bebida ganhou o apelido dos escravos encarregados de um dos processos finais da produção, a destilação. Quando ferviam o caldo da cana-de-açúcar nos engenhos, o vapor condensava no teto e pingava sobre eles.
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História.

Na produção colonial de açúcar, cachaça era o nome dado à primeira espuma que subia à superfície do caldo de cana que estava sendo fervido. Ela era fornecida aos animais ou descartada. A segunda espuma era consumida pelos escravos, principalmente depois que fermentasse e também passou a ser chamada cachaça. Posteriormente, com a destilação da espuma e do melaço fermentados e a produção de aguardente de baixa qualidade, esta passou a ser também denominada de cachaça e era fornecida a escravos ou adquirida por pessoas de baixa renda.
A cachaça é uma bebida de grande importância cultural, social e econômica para o Brasil, e está relacionada diretamente ao início da colonização do País e à atividade açucareira, que, por ser baseada na mesma matéria prima da cachaça, forneceu influência necessária para a implantação dos estabelecimentos cachaceiros.

A cachaça torna-se moeda corrente para compra de escravos na África. Alguns engenhos passam a dividir a atenção entre o açúcar e a cachaça. A descoberta de ouro nas Minas Gerais, traz uma grande população, vinda de todos os cantos do país, que constrói cidades sobre as montanhas frias da Serra do Espinhaço. A cachaça ameniza a temperatura.
Incomodada com a queda do comércio da bagaceira e do vinho portugueses na colônia e alegando que a bebida brasileira prejudica a retirada do ouro das minas, a Corte proíbe a partir de 1635 várias vezes a produção, comercialização e até o consumo da cachaça. Sem resultados, a Metrópole portuguesa resolve taxar o destilado. Em 1756 a aguardente de cana-de-açúcar foi um dos gêneros que mais contribuíram com impostos voltados para a reconstrução de Lisboa, destruída no grande terremoto de 1755. Para a cachaça são criados vários impostos conhecidos como subsídios, como o literário, para manter as faculdades da Corte.
Com o passar dos tempos melhoram-se as técnicas de produção. A cachaça é apreciada por todos. É consumida em banquetes palacianos e misturada ao gengibre e outros ingredientes, nas festas religiosas portuguesas - o famoso quentão.


Atualmente.


O total de produtores de cachaça em 2011 alcançou no Brasil os 40.000, sendo que apenas cerca de 5.000 (12%) são devidamente registrados. Por ser uma bebida popular que vem há séculos acompanhando o povo brasileiro, é conhecida por inúmeros sinônimos como abençoada, abrideira, água que passarinho não bebe, amnésia, birita, codório, conhaque brasileiro, da boa, delas-frias, danada, divina, espevitada, espírito, fava de cheiro, fia do sinhô de engenho, gasolina de garrafa, geribita, imaculada, januária, lambida, levanta velho, lisa, malta, mandureba, maria branca, mé, néctar dos deuses, paratí, pitú, preciosa, queima goela, refrigério da philosophia, rum brasileiro, salinas, semente de arenga, suor de alambique, terebintina, tinguaça, uca, uma que matou o guarda, vinho de cana, vocação, ypióca, etc. Seus sinônimos passam de 2.000 e a cachaça é, sem dúvidas, a palavra com mais sinônimos na língua portuguesa e talvez em qualquer outra língua.


Atualmente várias marcas de boa qualidade figuram no comércio nacional e internacional e estão presentes nos melhores restaurantes e adegas residenciais pelo Brasil e pelo mundo.






Efeitos maléficos do álcool.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estudos apontam que o "consumo baixo ou moderado de álcool" resulta em uma redução no risco de doenças coronárias. Porém, a OMS adverte que "outros riscos para a saúde e o coração associados ao álcool não favorecem uma recomendação geral de seu uso".
Foi comprovado que o consumo não moderado de álcool está associado a um maior risco de doença de Alzheimer e outras doenças senis, angina de peito, fraturas e osteoporose, diabetes, úlcera duodenal, cálculo biliar, hepatite A, linfomas, pedras nos rins, síndrome metabólica, câncer no pâncreas, doença de Parkinson, artrite reumática e gastrite. O consumo não moderado também pode dificultar a memória e o aprendizado, e até piora a pontuação em testes de QI.


Idade legal para consumo de bebidas alcoólicas.

A idade legal para consumo de bebidas feitas a base de álcool é a idade mínima legalmente estabelecida para que um individuo possa comprar ou consumir bebidas alcoólicas. Esta idade varia grandemente de país para país, podendo sequer existir em determinados países. Por vezes, a idade legal depende do local onde o consumo é efetuado ou se a pessoa está acompanhada por um adulto, entre outras condições.
No Brasil a idade mínima é 18 anos.




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Governo sanciona nova lei sobre consumo de bebidas alcoólicas por menores.

Qua, 19/10/11 – 09h00

De acordo com a nova lei: Bares, restaurantes, lojas de conveniência e baladas, entre outros locais, não poderão vender, oferecer nem permitir a presença de menores de idade consumindo bebidas alcoólicas no interior dos estabelecimentos.
A fiscalização começa em 30 dias.

Antes da aprovação da lei, já não era permitida a venda de álcool a menores. No entanto, se um adulto comprasse a bebida e a repassasse a um adolescente ou criança, os proprietários pelos estabelecimentos não podiam ser responsabilizados.


Video YouTube - Cachaça Orgânica.



Há 30 anos em Dourado.

Pela coleção de bebidas que Orlando Gramignolli conserva há 30 anos, temos um registro da história de como era a agricultura na região de Dourado naquela época.
Várias marcas, que hoje não existem mais, faziam um comércio importante na produção de cachaças, pingas e aguardentes. Entre elas: Praianinha, Saudades de Matão, Super Luxo Caninha Jaú, Aguardente do Exército, Tuim, Tafiã, Berro, Kolonial entre muitas outras.










Últimas Notícias (09/04/2012).


Um acordo firmado entre Estados Unidos e Brasil reconheceu a cachaça como um produto exclusivo e genuinamente brasileiro. O processo de reconhecimento aconteceu, nesta segunda (9), em Washington, com a troca de cartas assinadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o representante de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk.

A partir de agora, a bebida brasileira passa a ter denominação cachaça como exclusiva e empresas de outros países ficam proibidas de usar o termo. Antes, o rótulo das garrafas da bebida brasileira eram obrigadas a ter a expressão "Brazilian Rum" (rum brasileiro). Pelo acordo, o Brasil também vai reconhecer como legitimamente americanos os uísques do tipo Bourbon e Tenessee.

"É um desfecho importante para os dois países de uma negociação que durou os últimos dez anos", acrescentou o ministro Fernando Pimentel. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, a mudança ajudará a promoção da cachaça no mercado americano.

De acordo com dados do Desenvolvimento, no ano passado, as exportações de cachaça atingiram 9.969 toneladas, com faturamento de US$ 17,3 milhões do setor. Desse total, US$ 1,8 milhão, pouco mais de 10%, foi vendido para os Estados Unidos.

A Alemanha é o principal destino das exportações brasileiras da bebida, correspondendo a 29% do volume das embarcações e 19% do valor. Os Estados Unidos ocupam a segunda posição com 11% do valor e 6% do volume. Em terceiro lugar, aparece Portugal, com 10% do valor e 8% do volume.

Fonte: Noticias de Governo (Portal Planalto).


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