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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cada Banco, Uma História. Antonio Speranza (Totó)



Cada Banco, Uma História” faz parte da divulgação deste blog sobre a histórica da cidade de Dourado em homenagem aos antigos comerciantes e personalidades douradenses que doaram uma parcela das suas vidas na construção e formação da nossa cidade.

Dados da pesquisa: Jornal “O Dourado” Edição de 15 de fevereiro de 2007 (pág. 8).
Texto: Rudynei Fattore.


Cada Banco, Uma História.
Antonio Speranza (Totó).


Seus pais – Pedro Speranza e Rosa Gabriel.
Nascimento – 29 de janeiro de 1904, em Dourado.
Casamento – Casou-se com Olga Sophia Fontana em 28-01-1929.

Filhos – Sérgio Pedro (falecido), professor e advogado, foi vereador em Dourado, residia em Araraquara, casado com Maria Martins.

Daury Amadeu, professor e advogado, foi vereador em Dourado, reside em Araraquara, casado com Sarah Rosita de Souza.

Áureo João, radialista, reside em São Carlos, casado com Alice Procópio.

Antonio Carlos, falecido em 1945, com quatro anos de idade..

Rosa Luzia, professora, contabilista, reside em Descalvado, casada com José Armando Belli.

Antonio Ângelo, cirurgião dentista, reside em Dourado, casado com Maria de Fátima Martins.

Netos – Sérgio, engenheiro, casado com Leila.

Fernando, engenheiro, perito criminal, casado com Silvana.

Maria Silvia, médica, solteira.

Daury Humberto, cirurgião dentista, casado com Cássia.

Juliano, professor de educação física, casado com Adriana.

Maria Juliana, professora e pianista, casada com Álvaro.

Alexandre, professor de educação física, casado com Vânia.

Rafael, cientista da computação, solteiro.

Gustavo, estudante de engenharia da USP, solteiro.

Eduardo, cientista da computação, solteiro.

Lilian, médica veterinária, solteira.
Bisnetos – Lucas, Vitor, Pedro, Paula, Natália, Juliana, Julia, Giovana, Rachel, Marina e André.

Tataraneto – Paulo César.

Realizações:

Profissional – Foi seleiro, sapateiro, fabricante de colchões. Proprietário de uma selaria de grande porte, situada a rua Dr. Marques Ferreira, hoje casa número 615. Totó, como era conhecido executava trabalhos em couro como ninguém, verdadeiro artesão do couro abastecia as fazendas da região e proprietários, com trabalhos como arreamento para animais e outros. Ele encerrou sua atividades nessa empresa em 1953, quando foi criado o Ginásio Estadual em Dourado, no qual foi trabalhar como inspetor de alunos.

E foi como inspetor de alunos que acompanhou nossa banda municipal (segunda colocada do estado em 1969).
Por todas as cidades onde se exibia, incentivava e orientava seus elementos, sendo vice-campeã no concurso realizado em Dourado em 1969 e nota 10 em disciplina. Foi durante muitos anos porteiro e cobrador do Dourado Clube, trabalhou com a Aliança da Bahia e Cibrasil.

Sendo um profissional como poucos e exemplo para muitos, com muito trabalho conseguiu dar estudo universitário a todos os filhos.

Fé – Pessoa muito religiosa, ligada a Igreja Católica, presidente da Congregação Mariana na década de 50, entidade essa que realizava inúmeras atividades culturais como teatro, cinema e música.

Sua tendência – Ajudar na formação do indivíduo como cidadão, dentro da ética e do respeito, fazendo isso através dos exemplos que dava, apesar do pouco conhecimento cultural.

Política – Em 1949 exerceu a função de vereador em nosso município e faleceu em 1995, com 91 anos de idade.

Totó, o italianinho, viveu 91 anos com alegria, dignidade, apesar das agruras da vida, como a perda do filho Antoninho, com apenas quatro anos de idade.

Ele foi um exemplo de pai e profissional, dedicado, ético e moral.

Deixou muita saudade.

Foto: Escadaria do "Salles Junior" em 1959. Da esquerda à direita - Antonio Monteiro Novo, Prof. Joaquim José Caldas de Souza, Oswaldo Munhoz e Antonio Speranza (Totó).




Foto Recordação:
Lembranças da nossa Congregação Mariana e da Comunhão Geral do Mês de Maio.
Dourado 17 – 5 – 1959.
Diretor: Padre Armando.
Presidente: José Bazzi.


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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Gente da Nossa Terra.




O Blog Dourado Cidade Online tem a satisfação de descrever, através da narração do Sr. Rudynei Fattore, Jornal “O Dourado” de 26/10/2007, a história de mais um douradense que nos deixa saudosas lembranças de sua bondade e amizade. Uma história que remota o tempo do início do povoado de Dourado juntamente com as famílias pioneiras do Bairro do Bebedouro. Uma linda história.
Cada Banco Uma História.



A História de Manoel Cardoso se confunde com a dos pioneiros de nosso município de Dourado. Seus antepassados chegaram às terras de Bebedouro no início do século XIX. Toda história de ocupação das terras, formação dos primeiros núcleos de população, disputa pela imagem de São João Batista que os moradores foram buscar em carro de boi em Rio Claro, tudo se fez com a participação atuante da família Cardoso dos Santos, juntamente com todas as outras famílias tradicionais e pioneiras do Bairro do Bebedouro.

Imagem de São João Batista sendo transportado por carro de boi - gerado por Inteligência Artificial.


Foi aí nesse local que nasceu Manoel Cardoso dos Santos, filho de José Cardoso dos Santos e de Maria Francisca dos Santos no dia 26 de agosto de 1896.

Com apenas nove anos de idade ficou órfão de pai e quem assumiu o comando da casa, da fazenda, dos negócios e da família foi sua mãe, uma mulher de fibra.

Quando criança recebeu os ensinamentos de um professor particular vindo de Brotas.

No início da fase adulta casou-se com Maria Cervadoro, descendente de imigrantes italianos. Foi muito batalhadora, companheira prestimosa e que sabia encarar as dificuldades do trabalho e ser parceira do marido, até nos acampamentos das empreitadas de trabalho em outras terras.

Manoel era inteligente, sensível e aberto ao conhecimento e às novidades do seu tempo: características que foram marcantes e determinantes ao longo de sua vida.

Gostava muito de música. Fez parte da banda de música antigamente. Tocou violão por muito tempo e só parou quando se feriu na serraria e ficou com um dos dedos sem flexibilidade. Fazia parceria com sua esposa que tocava bandolim e ambos cantavam muito bem, alegrando os encontros e reuniões de família. As músicas preferidas: Saudades de Matão e Branca.

Gostava muito de ler jornais para ficar por dentro das noticias e adquirir mais conhecimentos. Ao surgir o Rádio, ouvia o Repórter Esso e a Hora do Brasil.

Em sua fazenda sempre houve muitas moradias e deu trabalho para muita gente que criou lá os seus filhos e que ainda hoje voltam com com netos e bisnetos procurando relembrar aqueles tempos bons.

Manoel Cardoso dos Santos tinha grande preocupação com o bem estar dos seus trabalhadores e um cuidado especial com a educação das crianças. Sempre valorizou muito a educação escolar e, por isso, mandou construir uma escola e a casa dos primeiros professores: o casal, Dona Nenê e Seu Augusto. Durante o dia ensinavam as crianças e à noite ensinavam os adultos.

A Escolinha do Bebedouro deixou saudades e boa lembrança para os que lá estudaram. E foram muitos porque ela atendia a todas as fazendas e sítios do Bairro do Bebedouro e os adultos à luz de lampião.

Os professores sempre receberam muita assistência por parte do Seu Manoel que cuidava também de transportar gratuitamente os professores que não perdiam aula nem em dia de chuva, pois pra enfrentar o barro da estrada e a serra escorregadia ele tinha o cuidado de acorrentar as rodas da condução.

Seu Manoel tinha paixão por carro de boi e fazia muito gosto de ele mesmo comandar e fazer cantar carregando oito metros de lenha ou qualquer outro produto da fazenda. Os últimos bois foram o Cruzeiro e o Canário: dois bois enormes, de grandes chifres retorcidos, que pesavam umas arrobas cada um. Não tinha coragem de vende-los para o matadouro movidos pela gratidão, pela convivência e pelos serviços prestados. Vendeu-os para um particular.


Em sua propriedade fez de tudo: tirou leite, plantou arroz, feijão, milho, amendoim, algodão e fez horta. Era um semeador nato: vivia com os bolsos cheios de sementes que ia espalhando onde passava ou beirando as cercas. Para o cultivo das lavouras usou de instrumentos agrícolas desde os mais simples e rudimentares como as plantadeiras pelo homem, como os pequenos aradas puxados por burros e nos últimos tempos por trator.

Teve a preocupação de formar um pomar que sempre foi visitado por muitos que usufruíram dos saborosos frutos. Era comum alguém lhe dizer: “- Mas o Senhor vai plantar essa árvore? Ela demora muito pra dar frutos! o Senhor nem vai comer delas!” E Ele respondia com sua voz mansa e educada: “- Pois se eu não comer, outro come!” E quantos comeram e ainda comem! E que pomar de jabuticaba lindo e saboroso ele fez!

Em sua fazenda os grãos que produzia eram beneficiados e triturados e transformados em farinha ali mesmo através do monjolo. Com o passar do tempo teve até máquina de arroz na cidade e também uma serraria.

Seu espírito empreendedor fez com que ele construísse um engenho para a transformação da cana em melado, açúcar redondo, açúcar mascavo e rapadura com batata-doce, abóbora, amendoim e gergelim. Tudo que produziu era de boa qualidade, a maior parte não era para vender e sim para presentear as pessoas. Fez até um engenho de pinga, com autorização fiscal e tudo. No rótulo das garrafas estava em destaque “Caninha Cardoso”. Não bebia mas presenteava os amigos.

Por falar em vícios, também não fumava e não gostava do cheiro do cigarro. Quem fosse fumar perto dele era impedido delicadamente, pois ele oferecia uma bala que sempre trazia no bolso, dizendo:
- Fuma este aqui ó”!

Manoel foi inovador nos meios de transportes aqui em Dourado. O seu caminhão era tão pioneiro que possuía até roda de pau.

Alguns anos depois comprou um caminhão Ford 34, zero Km. na agência Carron em Ribeirão Bonito. Isto foi a glória mas outros caminhões e caminhonetes se sucederam.

Nessas condições transportava de tudo e até gente. Serviu muito aos moradores do Bebedouro, pois sempre cabia mais um.

Depois de um dia de lida dura na terra, voltava para a cidade com o caminhão carregado de lenha a ser entregue nas casas dos fregueses para alimentar os fogões que ainda não usavam gás. Transportou lenha para a douradense movimentar os trens.

Transportou toda a madeira para a construção do antigo Salmer. Com seus caminhões ensinou muita gente a dirigir e deram bons motoristas. Muitos deles trabalham até hoje e lembram disso com saudades e gratidão.

Logo que chegou o telefone aqui em Dourado, ele instalou um aparelho em sua fazenda que era o único do Bebedouro e servia a todos os moradores.

Uma curiosidade de sua vida: nunca comeu carne de vaca. Só comia carne de frango e de porco. Sua comida era feita em banha de porco e até a salada era temperada com a gordura do porco. Nunca teve colesterol nem triglicérides. Sempre teve muita atividade física: dirigiu até os 88 anos de idade e aos 86 ainda subia em árvores altíssimas!

Era um homem de muita fé religiosa e sempre alimentou uma grande devoção à Nossa Senhora Aparecida a quem dizia nos últimos tempos: “Venha me buscar minha madrinha.”

Ficaram as boas lembranças os bons exemplos, as saudades e os seus descendentes que continuam a construir histórias.
Seus filhos: Mariza casada com o Caldas e Manoel, o Manoelito, casado com a Eli.

Seus netos: Carlos Alberto casado com a Sílvia; a Renata, o André e o Fábio.
Suas bisnetas: Bruna, Bianca e Letícia.

Manoel Cardoso dos Santos deixou muitas histórias para contar, além dos “causos” com que entretia os amigos.

Conhecendo a história de Manoel Cardoso dos Santos, que viveu 90 anos incompletos, conhecemos um pouco da história de evolução e transformação do mundo durante o século XX.


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Cada Banco, Uma História. (Bazar Americano)









terça-feira, 16 de julho de 2013

Cada Banco, Uma História - Casa Monteiro e Monteiro & Cia – Secos e Molhados.



Retirado do Jornal: “O Dourado”, Edição de 04/10/2007 (página 5).

Casa Monteiro e Monteiro & Cia – Secos e Molhados.



Cada Banco uma história, homenageia nesta edição, o imigrante português Carlos Monteiro Novo que se estabelecendo em Dourado foi mais um dos grandes homens que construíram nosso País.

Carlos Monteiro Novo, nascido em Barqueiros, Portugal, em 10 de agosto de 1900. Emigrou para o Brasil pelos idos de 1925, estabelecendo-se em São Paulo, Capital, encontrando-se com Dona Alzira Guedes de Oliveira, casando-se em 1928.

Após as dificuldades de todos os imigrantes, agravado por uma doença rara (câncer de baço), tendo sido submetido a uma cirurgia com sucesso no Hospital das Clínicas de São Paulo. Sendo a primeira realizada no Brasil.

Restabeleceu-se, vindo para o interior de São Paulo mostrando sua grande capacidade de trabalho, trabalhando na lavoura de café em Marília, Pedro Alexandrino e Trabiju onde nasceram os três filhos: Felix Monteiro Novo, Amélia Monteiro e Lydia Monteiro Novo.

Estabeleceu-se então em definitivo em Dourado a partir de 1933, tornando-se comerciante, abrindo um armazém de secos e molhados com muito sucesso na Rua Demétrio Calfat. Desse armazém pôde realizar o seu maior sonho, criando os filhos, ajudando as pessoas necessitadas, financiando até os pequenos agricultores que não tinham condição de pagar as colheitas mal sucedidas, ficando até em situação financeira difícil.

Apesar disso, o mais importante para ele era o seu amor pela família, filhos, genros, nora, netos e sua querida esposa Alzira e pela cidade à qual adotou, Dourado.

Morreu serenamente em julho de 1975, em sua casa, deixando muita saudade.





Praça São João Batista - Dourado, SP.




Mensagem do Blog:

O objetivo do blog, além de despertar no internauta o respeito ao patrimônio intelectual, também procura mostrar ao cidadão douradense que a cidade onde moramos não trata-se apenas do local onde se conquista o dinheiro e também não são apenas dormitórios para seus habitantes, mas o lugar onde vivem seres humanos que possuem memória e que constituem uma parte integrante da história.
A experiência vivida por cada douradense, publicada aqui neste blog, procuro observar que nenhuma foi em vão. Pois muito mais importante que o Patrimônio Material que um homem pode construir, este chegará ao fim, ao contrário, seu legado histórico e dignidade serão exemplos para toda a vida.

A História é a Vida de um povo que deve ser mantida na lembrança, passando de geração para geração, é ainda o valor e o respeito da Humanidade ter chegado até o momento presente, percorrido anos afim de evolução e superação. Este respeito, herança histórica, contribui para a educação e a valorização da juventude atual em zelar por este patrimônio cultural adquirido”. Assim diz o filósofo: “Um povo sem história, um povo sem memória”.

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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Cada Banco, Uma História - Selaria Brasil.




Retirado do Jornal “O Dourado”, Edição - 12 de abril de 2007 – ano 11 – nº 210, pág. 5.

Selaria Brasil – Luiz Valente (Couro, Arreios e Calçados).


Nosso Pai. Texto de Apparecida Valente Jacobucci (filha).

É um prazer imenso falar-nos sobre Luiz Valente, nosso amado pai. Agradecemos a honra que este jornal nos concede e os parabenizamos pelo magnífico trabalho de imprensa.

Filho dos italianos Carmelo e Caetana Valente nasceu no dia 18 de agosto de 1918, e viveu em Dourado onde se casou com nossa linda Mãe – Ana Sciarretta Valente. Somos quatro filhos, um já no Céu.

Foi comerciante, seleiro, sapateiro, leiloeiro das inesquecíveis Festas de São João, caridoso com os falecidos em serviços voluntários, pescador, provedor de frangos, leitoas, cabritos à família (ele matava e limpava os animais e até fazia lingüiça!) e tanto mais.

Ótimo Pai nos amou e educou com sabedoria. Dedicado esposo, foi fiel a minha Mãe e trabalhou com ela pelo sustento de nossa família. Nada nos faltou, nem comida, nem educação, nem amor.

Honestíssimo, honrado, foi um cidadão digno toda sua vida. Jamais falava mal de quem quer que fosse. Pioneiro, reciclava ferro, cobre, alumínio, papel, desde aqueles tempos.

As escolas, com poucos alunos, na época, fornecia os livros didáticos que ele comprava em São Paulo, cadernos, lápis.

ÀS fazendas, o material completo, em couro, de sua Selaria; aos pescadores, o da pesca; aos que amavam música, os famosos livrinhos de letras da Música Caipira e também MPB. A todos um pouco de tudo, na Papelaria & Selaria Brasil de Luiz Valente da Rua Dr. Marques Ferreira nº 32 (hoje 456)!

Deus o abençoe querido Pai. Avô de 10 netos. 2 já com ele, 2 bisnetos, mais um a caminho, grande Italiano de “Anima & Cuore”, e maravilhoso douradense! Luiz Valente foi um homem bom. Nós nos orgulhamos dele!

Família Sciarretta Valente.

Foto: Sr. Luiz Valente.


Praça São João Batista - Dourado, SP.



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terça-feira, 23 de abril de 2013

Cada banco uma história - Casa Paulista




Cada banco uma história.
Casa Paulista – Secos e Molhados (José Bustani).



José Bustani.

Libanês, nascido em Beirute aos 19 de dezembro de 1909, mas douradense de coração. Veio para o Brasil com 11 anos de idade, filho de Pedro Bustani e Rosa Honce Bustani. Ficou orfão muito cedo, recebeu ajuda de seu tio Felipe Honce comerciante, que possuia um armazém de secos e molhados “Casa Paulista” situado à rua Dr. Marques Ferreira hoje a Padaria Central onde começou a trabalhar.

Casou-se com Mercedes Fattore em 27 de junho de 1940. Com a mudança do tio para São Carlos, passou a ser proprietário do armazém.
Trabalhou muito tempo no comércio de Dourado, servindo moradores, fazendeiros e colonos. Época áurea do comércio douradense quando todas as portas comerciais estavam abertas e a rua Dr. Marques Ferreira considerada a rua principal da cidade.

Foi convidado para gerenciar a Cooperativa dos Cafeicultores de Dourado que estava sendo montada. Trabalhou nessa cooperativa até se aposentar.

Teve duas filhas, Rosali e Marta, três netos Fábio, Flávio e Marcelo, dois bisnetos Ana Beatriz e Gustavo que não veio a conhecer, pois faleceu em 25 de outubro de 1980, aos 70 anos de idade.

Sócio fundador do Dourado Clube, junto com sua esposa Mercedes trabalhou para a compra do prédio próprio, passando o Livro de Ouro para as pessoas influentes de nossa cidade. Que ajudaram com consideráveis quantias. Conseguiram assim, junto com outros douradenses adquirir o imóvel onde se instalou o clube que funciona até hoje.

Sócio fundador do Uaru Clube. Promovia e animava muitas festas, bailes e carnavais.

Homem de muito caráter e de bom coração.

José Bustani um autêntico cidadão douradense.



Pesquisa - Jornal “O Dourado” - Edição de 7 de março de 2007 – Ano 11, nº 209, pág. 8.
Texto: Rudynei Fattore.

Fotos: Praça São João Batista.




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terça-feira, 2 de abril de 2013

Cada Banco, uma história.



Cada Banco, uma história.
Bazar Americano.

Jornal “O Dourado” - Edição de 01/06/2007 – Ano 11, pág. 4.



Os bancos de granito da nossa Praça da Matriz, aqueles mais conservados e resistentes, estão lá há 61 anos.
Eles perpetuam os nomes dos que tiveram uma trajetória de grande valorização na história de Dourado.

Entre eles, destacamos hoje, uma grande empresa que no século passado foi uma referência de nossa cidade.
O Bazar Americano de Chead & Jorge Nemes, cujo prédio situado na rua Dr. Marques Ferreira com a Rua Santos Dumont, ainda ostenta em sua fachada o nome da grande empresa de tecidos e armarinhos.

Numa época em que comerciantes de pequenos municípios sentiam uma grande dificuldade para se locomoverem até os centros mais evoluídos para suas compras, o Bazar Americano era a alternativa da região.

Seus vendedores viajavam de trem ou nas precárias linhas de jardineiras (ônibus).
O estoque de tecidos da firma Chead e Jorge Nemes, se igualava ou superava muitas lojas da cidade de São Carlos e outras circunvizinhas.

O Bazar Americano era fonte de uma grande parte da receita da nossa prefeitura.
Com sua loja de tecidos e atacado de armarinhos, ela agregava mais de 10 funcionários diretos e um número muito grande de indiretos.

Chead e Jorge Nemes, dois irmãos vindos do mundo árabe projetaram por muito tempo o nome da nossa pequena cidade.

Após a aposentadoria e já cansados, venderam a loja que era a grande referência de nossa cidade. A partir daí, com novos proprietários, ela não conseguiu suportar a concorrência que outras cidades, já servidas de vias de asfalto e com as linhas de ônibus que começaram a surgir, encerrou suas atividades.

Para os mais antigos, o Bazar Americano até hoje é uma lembrança de otimismo de nossa cidade onde suas carroças e raros automóveis circulavam em ruas de terra batida.

Hoje, ainda vemos na parede do prédio o nome de Bazar Americano de propriedade de dois irmãos vindos do mundo velho.


Chead e Jorge Nemes, com seu Bazar Americano, muito fizeram por nossa cidade.

Texto: Rudynei Fattore.

Colaboração: Osvaldo Virgilio.

Foto panorâmica EMEF Senador Carlos José Botelho e Igreja Matriz de Dourado. 





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